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Inspeção de Segurança Veicular

·          Resolução 25/1998 - Contran

·          Lista dos equipamentos verificáveis

 

Todas as inspeções de segurança veicular devem ser feitas na  Linha de Inspeção - Vistorias nas transformações e alterações de características em veículos automotores de todas as espécies e categorias: Com a emissão do CSV-Certificado de Segurança Veicular pelo Organismo Inspeção Credenciado pelo  INMETRO, após a aprovação de todos os itens verificados conforme a LISTA DOS EQUIPAMENTOS VERIFICÁVEIS, na Linha de Inspeção de Segurança Veicular

 

Resoluções do Contran nº 14/1998, nº 25/1998, nº 34/1998, nº 77/1998 e nº 84/1998 e Anexo I;

Portaria DNC nº 23/1994; 

Decisão do CONTRAN  nº 03/1994; 

Portarias Detran-RS nº 081/2001, nº 123/2001, nº 132/2001, nº 140/2001, nº 054/2002 e nº 158/2002; e,

Em breve – Anualmente no vencimento do licenciamento anual dos veículos automotores.

 

Programa de Inspeção Técnica Veicular consiste na avaliação dos itens de  segurança e de emissão de gases poluentes e de ruídos dos veículos que compõem a frota, previamente ao seu licenciamento anual. Por meio dessa avaliação, serão constatadas se as condições de segurança e de poluição dos veículos - elaboradas durante seu desenho e fabricação - estão, de fato, preservadas e mantidas de forma adequada dentro dos níveis estabelecidos.

As inspeções técnicas pretendem detectar falhas do veículo pelo sistema aprovado/reprovado, de forma que o único diagnóstico possível depois de uma inspeção seja o registro de que o veículo está apto ou não para circular.

A exemplo do que ocorre na grande maioria dos países com tradição no assunto, essa avaliação deve ser feita por empresas especializadas, em estações apropriadas, e observando técnicas utilizadas internacionalmente. Só assim será possível assegurar que os veículos preencham as condições básicas de circulação.

As empresas devem garantir a instituição do programa dentro de padrões de qualidade, tecnologia e confiabilidade que atendam às características definidas pelos órgãos nacionais e internacionais que tratam do assunto, tais como o Banco Mundial, e o Comitê International de Inspection Technique Automobile.

 

Princípios para o bom funcionamento do programa:

Os operadores não podem ser vinculados ao mercado de reparação e revenda de veículos, afastando qualquer possibilidade de interesses comerciais diretos  sobre o resultado das inspeções. São vedadas intervenções mecânicas ou substituições de componentes.
As empresas operadoras devem dispor de plena capacitação técnica, de forma a garantir a qualidade e a padronização dos procedimentos.
As inspeções devem ser realizadas sem qualquer desmontagem de sistemas ou componentes do veículo, eliminando a possibilidade de reclamações dos usuários, alegando mau manuseio do componente.

As empresas devem utilizar equipamentos modernos e automatizados, operadospor técnicos especializados, utilizando valores numéricos para definir o estado do veículo de forma precisa, reduzindo-se a um mínimo as avaliações subjetivas.

Os equipamentos devem avaliar o estado de conservação do veículo através da condição real e final de funcionamento dos sistemas ou componentes. Os testes devem ser feitos em instalações exclusivamente destinadas ao programa.

 

A classificação dos defeitos:

A avaliação de cada item dos veículos pode apresentar os seguintes resultados, observando os mesmos critérios dos centros mais tradicionais do mundo

· sem defeito

· defeito leve;

· defeito grave; e

· defeito muito grave

No caso dos defeitos leves, percebem-se algumas distinções de país para  país. Na Espanha, por exemplo, veículos que apresentam apenas irregularidades desse tipo são aprovados, embora seu proprietário se obrigue a fazer os respectivos reparos. Já em Portugal, todos os veículos que apresentam até sete defeitos classificados como leves são aprovados.

 

O sucesso da Inspeção Técnica Veicular:

Está comprovado que o êxito ou o fracasso do programa está intimamente relacionado com uma avaliação correta e realista. Um rigor inicial excessivo pode ocasionar reprovação em massa, ou fuga às inspeções, ambas situações desfavoráveis para a instalação do sistema e para uma boa acolhida pela sociedade. Por outro lado, a demasiada flexibilidade nos critérios de aprovação pode por em risco a eficácia do programa.

No caso brasileiro é preciso levar em conta as reais condições de nossa frota. Em função do mau estado de conservação e da falta de conscientização e de hábito em manter convenientemente os veículos, poucos seriam aprovados sem qualquer restrição no início da implementação do programa.

Por isso, a Inspeção Técnica Veicular em nosso País deveria ser instituída progressivamente. No primeiro ano, apenas os defeitos muito graves ou graves ligados ao sistema de freios seriam motivos para reprovação do veículo. Numa
fase intermediária, outros defeitos passariam a ser considerados passíveis de conduzir à reprovação. E a fase definitiva englobaria todos os itens.

 

A periodicidade da inspeção:

Levando-se em conta a situação atual dos veículos em circulação, enfatiza-se a conveniência de um processo de avaliação anual.

Essa periodicidade justifica-se em função das dimensões continentais de nosso território, que interferem diretamente na quilometragem rodada pelo motorista e, conseqüentemente, no estado de conservação do automóvel.

A inspeção de segurança e de emissão de gases poluentes e de ruídos deve ser feita no mesmo local, simultaneamente.

 

Quanto tempo leva cada inspeção:

A duração de uma ITV completa consome entre 15 e 20 minutos em veículos leves e o dobro desse tempo em veículos pesados. Esse é o prazo necessário para que técnicos especializados e equipamentos modernos realizem as verificações, que incluem os documentos do veículo, número do chassi e motor, plaquetas do fabricante e teste que avaliam a eficiência e o estado de conservação de pneus, direção, suspensão, freios, iluminação e sinalização, emissão de gases poluentes e de ruídos, corrosão e outros itens obrigatórios relativos à segurança do veículo, tais como extintor, cintos de segurança, bancos, espelhos retrovisores, limpadores de pára-brisas.

À medida que os testes vão sendo realizados, seus resultados são exibidos em monitores ou painéis, sendo registrados por um processo informatizado que gerencia toda a linha.


INSPEÇÃO TÉCNICA VEICULAR NO BRASIL - Há quase uma década, vários setores e entidades estão envolvidos na elaboração de um programa adequado às nossas necessidades: Departamento Nacional de Trânsito - Denatran, Detrans, Contran, Instituto Nacional de Segurança no Trânsito (INST) etc.

O tema vem sendo exaustivamente debatido com o governo federal e com muitos Estados, através da realização de audiências públicas, visitas técnicas e seminários, com ampla participação de entidades de classes, poder público,
professores, técnicos e especialistas brasileiros e estrangeiros.

O modelo a ser estabelecido e aprovado por resolução do Contran deve contemplar a essência da filosofia e dos princípios que devem nortear a atividade de Inspeção Veicular em nosso País.

Deve impedir a pulverização do serviço para não torná-lo inviável e fora de qualquer controle e, ao mesmo tempo, bloquear qualquer possibilidade de cartelização devendo impor uma divisão do mercado entre um número significativo de empresas de diversas capacidades.

Sua instituição deve ser projetada para garantir uniformidade em todo o território nacional e sua consolidação deve englobar a definição das especificações técnicas; deve prever, ainda, a elaboração de um edital de licitação e a definição de um plano diretor para adoção do serviço em todas as unidades da federação de forma simultânea.


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