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Consórcios

2. O VEÍCULO

2.1 - Relação Condutor Veículo:

·       Documentação - Nossa segurança e dos demais condutores que dividem as vias, começa na documentação pessoal e do veículo. É por isso, que a lei nos exige o registro, licenciamento e identificação do veículo, assim como a documentação do condutor.

·       Documentos Pessoais: nossa identificação pessoal engloba a Cédula de Identidade,  CIC, Título de Eleitor e outros menos utilizados no dia-a-dia.

·       Documentos do Veículo: para transitar nas vias públicas o condutor deve estar ciente que seu veículo necessita estar documentado com o registro, licenciamento e identificação do mesmo.

·       Certificado de Registro - O capítulo VII do Registro de Veículos, art. 52, Código Nacional de Trânsito afirma que nenhum veículo poderá circular nas vias terrestres sem o respectivo Certificado de Registro. Neste certificado de registro devem estar especificadas características e condições de invulnerabilidade a falsificação e adulteração , este é o documento que identifica cada veículo. Todo veículo deverá ser registrado na repartição de trânsito, com jurisdição sobre o município de domicílio ou residência do seu proprietário.

·       Licenciamento - O próximo passo, após o registro do veículo, é o licenciamento. Conforme o Art. 57 do Código Nacional de Trânsito, os veículos automotores, de propulsão humana ou tração animal, reboques, carretas e similares, em circulação nas vias terrestres do país, estão sujeitos  a licenciamento no município de domicílio ou residência de seus proprietários.

O licenciamento nada mais é do que o pagamento dos impostos e taxas devidas e mediante a apresentação dos documentos exigíveis.

·       Identificação - Após o licenciamento, o veículo será identificado através de placas contendo os mesmos caracteres do registro e da correspondente licença, lacradas em suas estruturas, como forma, dimensões e cores estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito.

Como podemos ver, nenhum veículo poderá trafegar sem estar devidamente documentado, registrado, licenciado e identificado. É obrigação de todo proprietário de veículo automotor, legalizar o  tráfego  do mesmo, contribuindo com isso para sua , bem como para a segurança dos demais usuários de nossas vias.

 

2.2 - Segurança Veicular – INSPEÇÃO - A inspeção de segurança veicular é um exame detalhado nos sistemas de segurança dos veículos, realizado paralelamente às vistorias de licenciamento e que tem por objetivo verificar a documentação e as condições de funcionamento em determinados equipamentos obrigatórios.

Na inspeção veicular serão observadas:

Þ    a autenticidade da identificação do veículo e sua documentação;

Þ    a legitimidade da propriedade;

Þ    se os veículos dispõem dos equipamentos obrigatórios, e se estes atendem as especificações técnicas e estão em perfeitas condições de funcionamento.

n    emissões de gases e ruídos;

n    sistema elétrico, de iluminação e de sinalização;

n    sistema de freios;

n    sistema de direção;

n    sistema de suspensão;

n    rodas e pneus;

n    fechamento das portas, acionamento dos vidros e visibilidade de todas as áreas envidraçadas; e

n    estado geral da carroçaria e da estrutura, quando à existência de avarias e corrosões.

Þ    se as características originais do veículo e seus agregados não foram modificados, e se constatada alguma alteração tenha sido autorizada e documentada no prontuário do veículo na repartição de trânsito.

A inspeção de todos os itens de que trata esta legislação, será iniciada obrigatoriamente em janeiro de 1998, podendo ser antecipada, no todo ou em parte, a critério do Departamento de Trânsito, obedecendo o seguinte cronograma mínimo:

Þ    no primeiro ano de funcionamento, serão inspecionados todos os veículos da categoria oficial, de transporte remunerado de passageiros (coletivo e individual), de transporte de carga, escolar, de auto-escola e de locadoras;

Þ    no segundo ano de funcionamento, serão inspecionados todos os veículos a partir de 10 (dez) anos de fabricação, exceto aqueles já inspecionados conforme o item anterior;

Þ    a partir do terceiro ano, serão inspecionados todos os veículos, respeitada a periodicidade de 2 em 2 anos e dispensada a inspeção do veículo novo, quando do registro inicial (1º registro)

Þ    para realização das inspeções, serão utilizadas as especificações e os requisitos técnicos fornecidos, no manual técnico do veículo, pelo fabricante ou montador.

As inspeções serão realizadas em estações automatizadas e informatizadas, fixas ou móveis, especialmente equipadas para essa finalidade, não sendo admitida a realização de qualquer outra atividade em suas instalações, notadamente aquelas concernentes a reparações, recondicionamento, substituição ou comércio de peças e acessórios, sendo proibida, também a existência de qualquer propaganda ou alusão a esses serviços e quaisquer outros tipos de serviços ou produtos - Ressalta-se aqui a importância da conscientização do usuário/proprietário de veículos automotores em manter o estado de conservação dos mesmos a fim de promover aos demais usuários de nossas vias o direito à tranqüilidade e segurança em trafegar.

A inspeção veicular virá apenas regulamentar um procedimento já realizado por inúmeros motoristas, os quais tem na segurança uma de suas maiores preocupações.

Fonte: Nova Coletânea de Legislação de Trânsito

Art.120 - Regulamento do Código

Resolução 809/1995

 

2.3 - Sistemas de Segurança - conhecimento e uso adequado:

2.3.1 – Motor - É um conjunto de peças capazes de transformar qualquer forma de energia em energia mecânica. Por exemplo: o motor elétrico, motor hidráulico, motor nuclear, motor térmico. A grande maioria dos veículos são propulsionados por motores térmicos, que transformam energia térmica (calorífica) em energia mecânica. São motores à explosão, que utilizam a força de expansão dos gases, decorrente da queima de uma mistura gasosa inflamável composta de ar e combustível.

Funcionamento do motor - quatro tempos

1°) Admissão - o pistão desloca-se no sentido descendente, produzindo depressão dentro do cilindro. A válvula de admissão está aberta e a mistura fornecida pelo sistema de alimentação é aspirada.

2°) Compressão - o pistão sobe e comprime violentamente a mistura, pois as válvulas estão fechadas.

3°) Combustão/Expansão - no momento em que os gases da mistura estão altamente comprimidos, salta uma faísca elétrica entre os eletrodos da vela inflama-se a mistura ocorrendo uma explosão. A força de expansão dos gases inflamados lança o pistão para baixo, assim há a transformação da energia térmica em energia mecânica.

4°) Escape - o pistão sobe novamente, a válvula de escape abre e os gases queimados são eliminados.

Estes quatro tempos formam o ciclo completo de funcionamento do motor, que é constantemente repetido. Para cada tempo o virabrequim realiza meia volta, o que determina duas voltas para o ciclo completo.

Especificações dos motores

Cilindrada - é a capacidade volumétrica total dos cilindros, ou seja, é a capacidade de um cilindro multiplicado pelo número dos cilindros. A unidade de medida pode ser centímetros cúbicos (cm 3) ou litros (L). Fórmula cúbica do cilindro: II  R 2 x h.

Taxa de compressão - é a razão entre o volume do cilindro mais a câmara de combustão e a própria câmara de combustão, ou seja, é quantas vezes o volume da câmara de combustão é comprimido pelo deslocamento do pistão. Nos motores de ciclo quatro tempos pode variar de seis a nove vezes por um. Ex.: 8:1, 9:1

RPM - rotações por minuto, é o número de voltas que o virabrequim realiza em um minuto. Pode variar de um mínimo de 600 RPM, a um máximo entre 3500 a 6500 RPM.

Potência - é expressa em HP ( norma SAE ), CV ( norma DIN), ou KW ( norma SI ), que são unidades de medida de força. Um HP ou CV corresponde à força necessária para elevar um peso de 75 Kg a 1 metro de altura em 1 segundo.

Sistemas do motor

Sistema de distribuição da mistura

Sistema de lubrificação

Sistema de arrefecimento

Sistema de alimentação de combustível

Sistema de ignição

Sistema de partida

Filtro de ar nos motores - A vida do motor depende basicamente do ar puro que ele aspira. Os filtros de ar, instalados no motor retém as micro-partículas de impurezas contidas no ar, evitando a ação abrasiva destas, sobre os componentes internos do motor.

O filtro de ar deve ser substituído periodicamente conforme a especificação do fabricante do veículo ou quando apresentar-se sujo, pois se o motor funcionar o filtro em más condições, são acarretados: aumento no consumo de combustível,  desgaste e  perda de potência.

Sistema de distribuição da mistura -

VÁLVULAS - são de dois tipos:

1) de admissão, que controlam a entrada da mistura;

2) de escape, que controlam a saída dos gases queimados.

EIXO DE COMANDO DE VÁLVULAS -  é acionado pelo virabrequim através de engrenagens, corrente, ou correia dentada, é dotado de ressaltos excêntricos ( cames ) que comandam a abertura das válvulas.

DISPOSITIVOS DE ACIONAMENTO DAS VÁLVULAS -  é o conjunto formado pelo tucho, vareta e balancim. Somente os motores em que o eixo de comando fica distante das válvulas possuem este dispositivo.

Lubrificação

Conceito de lubrificação - Lubrificar é interpor uma película de óleo lubrificante entre as partes metálicas em movimento, reduzindo os efeitos causados pelo atrito.

O nível de óleo do motor deve ser periodicamente verificado.

Þcom o motor frio ou pelo menos 5 minutos após ter sido desligado e;

Þdeve permanecer entre as marcas de máximo e mínimo da vareta medidora.

Sistema de lubrificação - As partes móveis do motor, submetidas a atrito e calor, devem ser continuamente lubrificadas nas superfícies em contato por óleo que circula sob pressão. O óleo lubrificante é sugado pela bomba que o leva através de galerias até ao filtro e dai passa para uma rede de pequenos condutos até as partes em movimento. Em alguns casos, após o óleo ser filtrado passa por um radiador também chamado de intercambiador de calor o qual executa o processo de troca de calor com a água ou ar.

Bomba de óleo - A bomba de óleo lubrificante é um dispositivo do sistema de lubrificação destinado a sugar o óleo do cárter e enviá-lo sob pressão aos diversos pontos de contato das peças móveis do motor, dentre os vários tipos, tornou-se de emprego praticamente generalizado a bomba de engrenagens, devido a seu funcionamento seguro  e a sua solidez.

Geralmente contem em seu próprio corpo uma válvula de alívio, cuja função é regular a pressão do óleo lubrificante no sistema.

Filtro de óleo - O filtro de óleo é um dispositivo destinado a reter do óleo lubrificante as impurezas que poderiam danificar as superfícies das peças em movimento, os tipos de elementos filtrantes mais usados atualmente são os filtros descartáveis constituídos de papel especial, e que devem ser substituídos a cada troca de óleo.

Sistema de arrefecimento - Tem por função impedir que, com o funcionamento, o motor atinja temperaturas muito elevadas, decorrente da combustão. O sistema absorve aproximadamente 25 % da capacidade térmica do motor, porém evita que as peças sejam danificadas pela alta temperatura. Dois recursos diferentes são utilizados:

1) circulação d’água;

2) ar forçado.

O nível de água do sistema deve ser periodicamente verificado obedecendo-se, as respectivas marcas de máximo e mínimo do reservatório.

Como trata-se de um sistema onde as temperaturas de funcionamento aproximam-se dos 100ºC, a verificação do nível somente poderá ser feita com o motor frio, para que não cause acidentes, tais como queimaduras graves.

Circulação d’água - Utiliza a água como condutor de calor entre o motor e um intercambiador de calor

 ( radiador ), que dissipa o calor na atmosfera, este sistema trabalha sob pressão e o deslocamento de água é forçado através de bomba d’água.

Ar forçado - É a utilização do ar atmosférico diretamente como condutor e dissipador de calor.

Componentes deste sistema: aletas de dissipação, câmaras de ar, e ventoinha.

Funcionamento: os cilindros e o cabeçote são munidos das aletas de dissipação. Estas aletas permitem uma maior superfície de contato com o ar que circula na sua volta. A ventoinha que é acionada pelo próprio motor, capta e conduz o ar atmosférico na direção das aletas, isto através das câmaras de ar. assim, o ar é forçado a circular entre as aletas e absorve o calor, conduzindo-o para a atmosfera. Alguns motores possuem um dispositivo controlado por um sensor térmico que bloqueia a entrada de ar, até que o motor atinja uma determinada temperatura.

Sistema de alimentação - A finalidade deste sistema é fornecer aos cilindros a mistura inflamável, nas proporções exigidas, para os diversos regimes de funcionamento do motor.

Constitui-se dos seguintes componentes: reservatório ( tanque de combustível ), bomba de combustível, tubulações, carburador, coletor de admissão, filtros ( de ar e de combustível ), e atualmente ( desde 1990 ) separador de vapores.

Funcionamento: a bomba ( que é acionada pelo próprio motor ) aspira o combustível do tanque e envia ao carburador, isto através das tubulações. No carburador o combustível é misturado ao ar formado a mistura inflamável, que segue pelo coletor de admissão até os cilindros do motor.

Carburador - É o componente destinado a vaporizar o combustível e realizar a dosagem da mistura ( 15 partes de ar para uma de gasolina, ou 9 por um no caso do álcool ). E também controla a liberação desta mistura, determinado o regime de funcionamento do motor. O fornecimento da mistura é feita por estágios, e não de forma progressiva como seria o ideal para o motor.

Sistemas que compõem o carburador: sistema de nível constante, sistema principal

( marcha normal ) , sistema de marcha lenta, sistema de potência máxima, sistema de aceleração rápida ( ou de retomada ), e sistema de afogador.

Injeção eletrônica - Substitui o carburador, e o combustível é pulverizado por somente um injetor (EFI) ou por um injetor para cada cilindro (MPFI). O componente principal é uma unidade eletrônica computadorizada que recebe as informações de comando, entre as quais a de aceleração, avalia e compara com outras informações recebidas do próprio motor, e somente libera o combustível e o ar necessários para os diversos regimes de funcionamento do motor. Seus componentes mecânicos são: a haste de acionamento (que determina a aceleração desejada), o dispositivo de comando da borboleta de ar, e a unidade de controle de combustível.

Esta unidade computadorizada também atua no sistema de ignição, eliminando o distribuidor, o controle é feito diretamente nas bobinas.

 

2.3.2- Sistema Elétrico

A – Motor - É o responsável pela inflamação da mistura no momento correto da compressão. Isto é realizado através de uma faísca elétrica que salta entre os dois eletrodos de uma vela, e para isso é necessário energia elétrica de alta voltagem.

Componentes do sistema:  fonte de energia elétrica, bobina, distribuidor, velas, chaves de ignição, cabos e fios de ligações.

Fonte de Energia Elétrica - É o componente que fornece a eletricidade ao sistema. Pode ser bateria, que funciona como um acumulador elétrico, ou o alternador ( alguns casos dínamo ), que funciona como um gerador de energia elétrica a partir da energia mecânica do motor.

Bobina - É um transformador destinado a elevar a tensão do sistema de 12 volts para aproximadamente 1800 volts, que é a tensão necessária para que ocorra uma faísca de boa intensidade. Constitui-se de dois enrolamentos de fios ( primário e secundário ) em torno de um núcleo de aço. No primário é a entrada de 12 volts, com poucas espiras de fio grosso. no secundário é a saída do polo positivo de 12 volts entra na lateral da bobina, procedente da chave de ignição. O polo positivo de alta tensão sai do centro da bobina, através de um cabo com grossa isolação, e destina-se ao centro do distribuidor. O polo negativo é ligado ao ruptor ( platinado ) do distribuidor, que interrompe e liga constantemente a tensão na bobina

Distribuidor - Recebe a alta tensão da bobina e envia para cada cilindro do motor no momento necessário para que ocorra a combustão. Compõem-se de:  eixo de acionamento, ressaltos excêntricos, corpo ou carcaça, tampa com terminais de ligação, rotor ( escova rotativa ), ruptor ( platinado e condensador ), prato móvel do avanço à vácuo ( mesa ), dispositivo do avanço a vácuo, contrapesos e molas do avanço centrífugo.

 ( platinado e condensador ) é substituído por componentes eletrônicos, formando uma unidade fechada, que é conhecida uma ignição eletrônica. Os demais componentes permanecem os mesmos.

- Parafuso do suporte do avanço à vácuo

- Suporte do avanço à vácuo

- Parafusos (2) de fixação do dispositivo de avanço à vácuo

- Dispositivo de avanço à vácuo

- Conjunto do terminal primário

- Parafuso do condensador

- Parafuso de fixação da mesa

- Grampo do platinado móvel

- Parafuso de fixação da mesa

- Parafuso de fixação do platinado fixo

- Calços e trava da árvore de acionamento

- Suporte do avanço centrífugo

- Bucha inferior da árvore

- Molas-travas ( grampos ) dos contrapesos

- Parafuso

Velas - Situada estrategicamente na câmara de combustão, é a responsabilidade pela  faísca elétrica que inflama a mistura. Constitui-se de dois eletrodos ( um positivo e outro negativo) colocados próximos entre si. O eletrodo positivo localiza-se na parte central e possui um forte isolamento de cerâmica em função da alta tensão. O eletrodo negativo situa-se na parte lateral e está em contato com a carcaça metálica do motor, de onde provem o polo negativo. A distância entre os eletrodos é fundamental para o correto centelhamento, sendo que é possível realizar-se um pequeno ajuste no eletrodo negativo, para tal deve-se utilizar um calibrador de lâminas. A distância destes eletrodos deve ser de 0,7mm, porém alguns motores utilizam velas que podem ter até 0,9mm.

Chave de Ignição - Situada no painel do veículo é quem liga e desliga o sistema. Ao ser acionada apenas coloca o sistema a disposição, que para funcionar necessita do sistema de partida. Ao desligar, o centelhamento é interrompido, e o motor deixa de funcionar.

Cabos e Fios de Ligações - São os responsáveis pela condução da eletricidade desde a fonte até os diversos componentes do sistema. É fundamental que não estejam interrompidos ( total ou parcialmente ), e que as isolações estejam em bom estado, principalmente nos cabos de alta tensão, para evitar fuga de energia elétrica.

à    Ignição Eletrônica

Circuito Elétrico

Bateria - É a fonte de energia elétrica que supre o sistema. É uma fonte limitada, e sua origem é a partir da reação química entre dois metais diferentes em um meio ácido. Com o motor em funcionamento, a bateria acumula parte da energia elétrica do gerador ( dínamo ou alternador ), armazenando-a para momento de acionar o motor de partida, ou outro equipamento do veículo.

A grande maioria das baterias fabricadas e utilizadas atualmente, dispensa a manutenção por tratarem-se de unidades seladas, mas ainda existem as baterias que requerem manutenção periódica (quinzenalmente) para a verificação do nível da solução ácida, pois disto depende a vida útil da mesma.

B -  Veículo - Fazem parte também do sistema elétrico, todos os demais componentes do veículo que dependem deste tipo de energia para funcionarem, tais como:

à       farois

à       luzes indicativas de direção;

à       luz de freio

à       limpador de parabriza;

à       etc,.

Atenção especial deve ser dada às luzes indicativas, de freio, direção e faróis, objetivando seu perfeito funcionamento . A  regulagem no caso dos faróis principais e auxiliares é indispensável, pois destes componentes depende a segurança do condutor e dos demais usuários das vias.

Transmissão - As unidades da transmissão permitem que a força produzida pelo motor seja transmitida ás rodas do veículo, possibilitando a combinação mais adequada de força e velocidade. Unidades básicas que compõe a transmissão: embreagem, caixa de mudança de velocidade, diferencial e os semi-eixos; ainda poderá haver eixo cardan e juntas homocinéticas.

Embreagem - Os motores de automóveis ( motores de explosão ) são incapazes de funcionar desde a rotação nula, possuem um regime mínimo de funcionamento ( marcha-lenta ) que corresponderia a uma certa velocidade do veículo. Isto exige um dispositivo para que seja possível iniciar o deslocamento, que é a embreagem. Sua função é ligar progressivamente o motor às rodas, e separar momentaneamente o motor das demais unidades da transmissão para permitir a operação de mudança de marcha.

Componentes: disco de fricção, disco de pressão, mola diafragma ou conjunto de molas helicoidais, rolamento de encosto, garfo com tirante de acionamento e o suporte do conjunto.

Funcionamento: o disco de fricção ( guarnecido em ambas as faces por uma fibra circular de amianto e material sintético ) está ligado ao próximo integrante da transmissão ( caixa de mudanças ), e trabalha fortemente comprimido contra o volante do motor. O disco de pressão é que comprime o disco de fricção, isto pela ação da mola diafragma ou do conjunto de mola helicoidais. Assim, a transmissão da força do motor é feita simplesmente pelo contato de justaposição destes discos. Quando é feito o acionamento, através do garfo e do rolamento, o disco de pressão é afastado e deixa de comprimir o disco de fricção. Com isto este disco fica liberado e o movimento é interrompido.

Caixa de Mudança de Velocidade - Constitui-se de um conjunto de engrenagens dispostas em dois eixos ( primário e secundário ), ou um terceiro eixo intermediário, encerradas em uma carcaça metálica onde estes eixos são apoiados. Conforme estas engrenagens são acopladas possibilitam diferentes velocidades e torque, isto em função do número de dentes diferentes das engrenagens. Sempre há uma desmultiplicação da rotação o motor e o conseqüente aumento de torque. A última marcha

( quarta ou quinta ), em geral é a mesma rotação do motor, ou com uma pequena multiplicação. E a primeira marcha é uma desmultiplicação de aproximadamente quatro vezes.

Componentes: eixos ( primário, secundário, ou mais o eixo intermediário ), conjunto de engrenagens, sincronizadores e anéis de sincronização, garfos de selecionamento, hastes de comandos e reténs de segurança, anéis de ajuste, rolamentos e  vedadores.

Funcionamento: o eixo primário recebe a rotação do motor através da embreagem, e faz girar todo o conjunto de engrenagens, que permanecem sempre encaixadas duas a duas ( três no caso da ré ) correspondente a cada marcha. As engrenagens giram livres no eixo secundário, porém entre o eixo e estas engrenagens estão os sincronizadores e os anéis de sincronização, que são encaixados no eixo (secundário). Os garfos de selecionamento atuam nos sincronizadores que possibilitam um pequeno deslocamento longitudinal. Este deslocamento é que acopla a engrenagem ao eixo, que passa a girar segundo a relação de dentes desta engrenagem com sua correspondente do eixo primário.

à       Diferencial

Quando o veículo faz uma curva, a roda que está na parte de fora da curva percorre um caminho maior do que a roda de dentro, isto também ocorre quando uma das rodas passa por uma irregularidade. Quando as rodas são livres e giram independentes uma da outra, esta diferença não é problema. Porém, quando as rodas são de tração é necessário um mecanismo que permita as rodas girarem com velocidades diferentes. Isto se consegue por  meio do diferencial.

Componentes:  engrenagens ( pinhão, coroa, satélites e planetárias ), suporte do conjunto, anéis de ajuste, rolamentos e vedadores.

Funcionamento: o pinhão gira de acordo com a saída da caixa de mudança e é acoplado à coroa, que é fixa ao suporte do conjunto. Este suporte contém um eixo com as engrenagens satélites ( soltas ), que estão acopladas às planetárias, e estas encaixadas aos semi-eixos. Ao girar a coroa, também gira o suporte e todo o conjunto como se fosse uma única peça, e os semi-eixos giram como se estivessem acoplados diretamente à coroa. Na curva, a roda que está por dentro sofre uma força de oposição a tração, esta força faz as engrenagens satélites girarem em torno de seu eixo. Com isto o semi-eixo que sofreu esta força diminui a rotação e o semi-eixo oposto aumenta a rotação na proporção inversa, pois as satélites são acopladas em conjunto nas planetárias. Entre pinhão e coroa há uma desmultiplicação de velocidade de aproximadamente quatro vezes.

à       Semi-eixos - Os semi-eixos são encaixados nas planetárias do diferencial através de acoplamento articulado ou estrias, e transmitem a rotação ao cubo da roda. São apoiados em rolamentos, e junto ao cubo a montagem é feita através de encaixe cônico enchavetado, por estrias, ou flange com parafusos.

à       Direção - O sistema de direção atua às rodas dianteiras do veículo. Compõe-se de : volante, coluna de acionamento com tubo protetor e dispositivo de fixação, caixa de engrenagens, e conjunto de alavancas de comando e ligação ( barras e braços ).

Funcionamento: Ao ser acionado o volante, a coluna transmite o movimento para a caixa de engrenagens. Esta transforma o movimento de rotação da coluna em movimento longitudinal e transmite ao conjunto de alavancas, que chega até o suporte da ponta de eixo. As conexões das alavancas são providas de juntas esféricas ( pivô ) e comportam ajustes no comprimento.

1)      coluna

2) caixa de engrenagens

3 e 4 ) braços ( alavancas )

5) barra

à       Caixa de Engrenagens - Podem ser: com pinhão e cremalheira, ou com rosca sem-fim.

Rosca sem-fim: utiliza-se uma engrenagem de rosca sem-fim, que é conectada à coluna, e um dispositivo com dentes correspondentes ao da rosca que é ligado ao conjunto de alavancas. Tanto o dispositivo como a engrenagem de rosca, são encerrados em uma caixa e apoiados em luvas e rolamentos, e comportam ajuste de encosto.

Pinhão e cremalheira: a engrenagem tipo pinhão é conectada à coluna, e aciona a cremalheira, que se desloca em um suporte e está ligada ao conjunto de alavancas. Nas extremidades da cremalheira é instalada uma coifa protetora. Também comportam ajuste de encosto.

à       Suspensão - Conjunto de peças destinado a suportar o peso e a carga do veículo, e sustentar as rodas, proporcionando aderência ao solo e estabilidade no deslocamento, e ainda absorver as irregularidades do terreno. Basicamente isto é obtido através de molas e amortecedores. Tipos:

- Feixe de molas semi-elípticas

- Molas helicoidais ( espiral )

- Barra de torção

à       Amortecedores - Peça fundamental para um bom desempenho de um conjunto de suspensão, pois funcionam com o princípio de absorver as oscilações das molas, pois estas quando comprimidas na passagem do veículo por uma irregularidade do terreno, tendem a expandir-se na mesma intensidade, “jogando” o veículo para longe do eixo.

Em função da massa deste, temos uma atuação novamente ao contrário, comprimindo a mola e a repetição do efeito várias vezes.

Portanto, com a aplicação dos amortecedores que através de uma câmara hidráulica com fluxo controlado em ambos os sentidos, evita o efeito da irregularidade, mantendo o veículo estável tanto em terrenos planos como acidentados, tanto em retas como em curvas.

à       Molas Semi-elípticas -    Conjunto de lâminas de aço semi-curvadas e tencionadas, de comprimento sucessivamente menores, montadas sobrepostas e unidas por um parafuso central e braçadeiras, mais utilizados em veículos de carga.

Tipos de construção de suspensão

à       Braços oscilantes: a mola é instalada entre a parte superior da longarina transversal (travessa) e o braço ( balança ) inferior, que está ligado ao suporte da ponta de eixo. As conexões são feitas através de juntas esféricas ( pivôs ) e luvas emborrachadas.

à       Telescópica ( McPherson ): utiliza apenas um braço oscilante, articulado entre o chassi e suporte da ponta de eixo. A parte superior é constituída por um conjunto integrado pela coluna, mola e amortecedor. Este conjunto é fixo diretamente na carroceria do veículo e no suporte da ponta de eixo.

à       Freios - Os freios provocam a diminuição da velocidade, a parada completa, ou a imobilização do veículo quando estacionado. A atuação é feita junto as rodas, e para tal utiliza-se um sistema hidráulico para veículos leves, e pneumático para veículos de carga. O freio para estacionamento normalmente é mecânico.

Componentes do sistema de freios:

à       Reservatório - É o responsável pelo suprimento de óleo ao sistema. constituindo-se de um depósito conectado ao cilindro mestre, possui um suspiro e marcações de nível máximo e mínimo.

à       Cilindro Mestre - Funciona como a bomba no sistema hidráulico. É quem recebe a força e transmite através do fluído, que é pressurizado nas tubulações. Compõe-se de: um cilindro com orifícios de saída e entrada, pistão com anéis de vedação, mola e retorno, válvula de retenção parcial na saída, e, em alguns, válvula direcional na entrada.

A - conecção para o circuito traseiro (com tambor)

B - conecção para o circuito dianteiro (com disco)

C - mola

D - canal para o reservatório

1 - válvula de retenção parcial

2 -  anel de vedação

3 -  pistão

 

Cilindro mestre servo-assistido ( servo-freio ): é a utilização de uma força adicional para auxiliar o motorista no momento da freagem. Isto se consegue com o vácuo do próprio motor. O servo-mecanismo é o equilíbrio entre a ação de uma mola e o vácuo. No momento em que é acionado o pedal do freio o vácuo é eliminado e entra a pressão atmosférica que soma-se a força aplicada ao pedal.

à       Mecanismo de Freagem - É onde atua a força hidráulica, realizando o deslocamento de superfícies, que através do atrito farão a freagem. Dois recursos são utilizados: freios com tambor, e freios com discos.

Componentes do freio a tambor: pratos do freio, conjunto de sapatas com lonas de atrito, pinos e molas de fixação, e o tambor. Funcionamento: o conjunto de sapatas é encaixado junto aos pistões de atuação, no momento em que os pistões deslocam-se fazem as sapatas abrirem, pressionando-se contra o tambor. E assim, através do atrito, conseguir-se a diminuição da rotação. O cilindro de atuação e as sapatas estão fixadas ao prato do freio.

Componentes do freio a disco: bloco ou pinça, conjunto de placas com lonas de atrito ( pastilhas ), pinos de fixação, e o disco. Funcionamento: o conjunto de placas de pastilhas contra o disco que é montado junto ao cubo da roda. E assim, através do atrito, diminuem a rotação da roda. Os cilindros e as pastilhas são fixos ao bloco.

Os freios s disco não necessitam de regulagens, pois a medida que há desgaste nas pastilhas os próprios pistões ajustam-se. Porém, a maioria dos freios a tambor precisam de regulagens periódicas para corrigir o desgaste das lonas.

1) prato do freio

2) sapatas

3) molas

1) pinça

2) pastilhas

3) disco

Cilindro mestre duplo: o sistema passa a ser dividido em dois circuitos diferentes. Constitui-se de um cilindro com dois orifícios de entrada e dois de saída, um par para cada circuito, e dois pistões com   molas de retorno. O reservatório também é dividido em duas partes independentes. Dos orifícios de entrada um deverá ter válvula direcional. Estes circuitos podem estar divididos de duas maneiras:

1) com um circuito para as rodas dianteiras e outro para as rodas traseiras

2) de forma diagonal, com um circuito para uma dianteira e a traseira diagonal oposta, e o outro circuito para as outras duas. no primeiro caso com as dianteiras de mecanismo a disco a válvula de retenção parcial é instalada apenas junto ao orifício de saída para o circuito das traseiras. No segundo caso, também com as dianteiras a disco, é necessário a instalação de válvulas de controle de pressão ( duas, uma para cada roda) junto as tubulações que levam o fluído às rodas traseiras, pois junto aos pistões não há como instalar por acionarem mecanismos diferentes. e o mecanismo a disco não comporta pressurização pois ficaria constantemente acionado.

à       Circuito Duplo em Diagonal - Ordem de procedimento:

1 - cilindro do freio da roda traseira direita

2 - cilindro do freio da roda traseira esquerda

3 - cilindro flutuante dianteiro direito

4 - cilindro flutuante dianteiro esquerdo

à       Cilindro de Expansão ou Atuação - Ficam localizados um em cada roda. São os que recebem a força hidráulica e distendem os pistões em seu interior. Compõe-se de: cilindro, dois pistões com anéis de vedação e dispositivo para encaixe no mecanismo, coifa protetora ( borracha sanfonada ), mola de equilíbrio, e parafuso com válvula para sangria do sistema.

à       Tubulações - São responsáveis pela condução do fluído pressurizado. É fundamental que estejam completamente livres e sem trincas, assim como as conecções devem haver fuga de fluído, obstrução, ou ar nas tubulações

Freios Anti-Derrapantes-Abs (Antilock Braking System) - Este sistema permite freadas sem que as rodas sejam completamente travadas. Isto é possível recorrendo-se a componentes eletrônicos. Constitui-se na instalação de sensores eletrônicos em cada roda do veículo. estes sensores enviam a um microprocessador central a RPM da roda. O microprocessador é acoplado a um conjunto de válvulas que controlam a passagem do fluído hidráulico para as rodas. assim, quando o sensor envia sinal de RPM zero, o microprocessador aciona a válvula e a pressão naquela tubulação é aliviada, assim que a roda inicia a girar novamente, novo sinal é enviado e a pressão aumenta. Com este sistema o veículo percorre uma distância menor para parar completamente e não desgoverna-se em freadas bruscas.

Rodas e pneus

A -  Diâmetro interno do pneu ou diâmetro do aro da roda

C -  Largura interna da roda

D -  Largura externa do pneu

E -  Altura do pneu

Exemplo de Identificação:

Pneus

175    -     70     -     13

175 - polegadas do diâmetro interno do pneu

 70 - altura em milímetros da banda lateral

 13 - milímetros de largura da banda de rodagem

Como é que seu carro está das pernas ?... seu carro tende para a direita ( ou esquerda ), numa reta plana.

Problema típico de alinhamento. Há casos em que isso se deve a outros fatores; pressão incorreta em um dos pneus; muito peso concentrado em um lado do carro; mola partida num lado; rolamentos defeituosos numa das rodas dianteiras; barras e articulações da direção folgadas ou gastas; direção mal ajustada; pneu e freios gastos.

Examine a pressão dos pneus e veja se o peso está mal distribuído dentro do carro ou no porta-malas. Verifique se uma das rodas está excessivamente aquecida, em relação às demais. Mande examinar as molas, rolamentos das rodas, barras e articulações da direção. Veja se os pneus estão gastos desigualmente e mande examinar os freios. Se o problema persistir, mande alinhar a direção e balancear as rodas.

AO MANOBRAR, VOCÊ NOTA UMA FOLGA ENTRE A AÇÃO DA DIREÇÃO E O MOVIMENTO DAS RODAS.

Trata-se de folga no sistema de direção, ocasionada pelo uso do veículo.

Mande examinar o sistema de direção e corrigir o problema.

A DIREÇÃO PARECE-LHE DURA, PRINCIPALMENTE AO MANOBRAR

Pode ser a pressão dos pneus esteja baixa, ou também, regulagem incorreta da caixa de direção, defeito no sistema ou alinhamento incorreto.


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